Uma mulher distraiu-se por um segundo enquanto conduzia – e esse momento salvou a vida de uma criança que estava à beira da estrada

A manhã começou como habitualmente. A cidade estava apenas a despertar, as ruas banhadas por uma suave luz solar. Sarah apressava-se para o trabalho — café no suporte para copos, telemóvel no GPS, música a tocar baixinho em fundo. Tudo seguia normalmente até que ela se inclinou para apanhar uma caneta que tinha caído do banco do pendura.

Aquele segundo custou-lhe uma buzina irritada vinda de trás e, talvez, uma reunião tardia. Mas foi precisamente aquele segundo — como diria mais tarde a polícia — que lhe salvou a vida.

Quando Sarah olhou para cima, o semáforo já estava verde. Os carros da frente começavam a mover-se, mas, por algum motivo, ela não acelerou imediatamente — o movimento habitual foi subitamente interrompido por uma fração de segundo. E nesse preciso momento, literalmente em frente ao seu carro, um rapaz com uma mochila saiu a correr de trás de uma carrinha estacionada.

Estava obviamente atrasado para a escola e decidiu atravessar a rua. Sarah pisou o travão com força, os pneus cantaram e o carro parou a poucos centímetros da criança.

Ele gelou, com os olhos arregalados. Um segundo antes — se Sarah não se tivesse inclinado para segurar a maçaneta — já teria ganho velocidade. Tudo terminou num momento de silêncio antes de o seu coração se afundar no peito.

O menino disse baixinho: “Desculpa… não estava a olhar.”

Sarah saiu do carro, com os joelhos a tremerem. Sentou-se ao lado dele e simplesmente abraçou-o, sem saber o que dizer. Um minuto depois, a sua mãe chegou, ofegante, gritando e chorando. Quando tudo acabou, Sarah voltou para o carro e não conseguiu ligar o motor durante muito tempo.

Mais tarde, ela disse:

“Repreendi-me por me ter distraído. E então percebi — às vezes o destino faz-nos abrandar o ritmo para que possamos reparar nas coisas mais importantes.”

Atyew